Assim que tomou contato com as "Estruturas Elementares do Parentesco", ao final dos anos 40, Jacques Lacan esteve certo de que o inconsciente simbólico que Lévi-Strauss havia encontrado em operação nas relações de troca das alianças, o mesmo que Jakobson identificara em sua análise estrutural da linguagem, indicava qual devia ser o caminho
de seu retorno à Freud. Logo em seguida iniciou o que se chama de seu ensino, no qual a vertente de formalização da experiência psicanalítica, centrada nas formações do inconsciente e seu tratamento, adquiriu lugar proeminente: “O programa que se traça para nós é, portanto, saber como uma linguagem formal determina o sujeito. Mas o interesse de tal programa não é simples, já que supõe que um sujeito só o cumprirá colocando algo de si”. Seu trabalho com a matemática foi incansável e talvez ainda não tenhamos conseguido alcançar todas suas consequências para a clínica psicanalítica. Mas o exercício e o esforço entre aqueles mantêm uma relação com o ensino de Lacan segue, apesar da ausência de formação em matemática da quase totalidade dos psicanalistas. Embora haja diversos bons trabalhos que se debruçam sobre as formalizações de Lacan, o livro
que agora temos em mãos é uma raridade de extrema felicidade. Pablo Amster é matemático e dispõe de vasto conhecimento sobre a obra de Lacan. O autor trata, na matemática, os principais elementos que Lacan recolheu desta, da topologia, teoria dos conjuntos e lógica. Amster, sem a menor perda do rigor, nos oferece um trabalho descontraído, fazendo de um campo árido uma ótima leitura.
Autor: Pablo Amster
Ano: 2015
ISBN:978-85-66423-26-6
Páginas: 448
Formato: 16x23
Editora: Scriptorium
Coleção atentado
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